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Fique por DentroSem Categoria › 31/08/2021

Diário da Obra – Agosto 2021

NOSSA SENHORA AUXILIADORA – ROGAI POR NÓS

No dia 20 de Agosto de 1933, Nossa Senhora Auxiliadora foi proclamada copadroeira da nossa Arquidiocese, pelo então Bispo Dom José Pereira Alves.

De acordo com o noticiado no jornal O Fluminense de 23 de abril de 1933, após deliberado em reunião espiritual do Clero em Friburgo, ficou definido que seria remetido a Roma um pedido do clero, autoridades, associações religiosas e demais fieis para que Nossa Senhora Auxiliadora se tornasse padroeira da Diocese de “Nictheroy”. Já haviam sido colhidas diversas listas de assinaturas nas paróquias do interior por toda diocese e naquele dia seriam colhidas nas paróquias da cidade de Niterói. Já estava definido que a solene proclamação seria feita no dia 20 de agosto, na ocasião da celebração do cinquentenário da chegada dos Salesianos ao Brasil e da introdução da devoção a Nossa Senhora sob o título de Auxiliadora dos Cristãos em nosso país.

A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora em Niterói teve início, com a chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, em 1883. No dia 8 de dezembro de 1900 foi inaugurado o monumento dela, no morro ao lado da Basílica, tornando-se um marco na consolidação da obra salesiana no Brasil. A propósito, esse monumento tem influência direta em uma das paisagens mais conhecidas do mundo, já que o Cristo Redentor do Corcovado foi construído naquela posição para ficar voltado para esse monumento.

Estudando um pouco da história de Dom José Pereira Alves, que esteve presente na inauguração do Cristo Redentor, encontrei algumas passagens bem importantes relacionadas a Nossa Senhora. Quando ainda Padre, ele era Diretor de algumas publicações, inclusive uma revista chamada “Maria Revista Mensal Literária, Apologética e Noticiosa“. Ele participou do Congresso Mariano de 1929, em Aparecida (SP), de onde saiu a proposta de pedir à Santa Sé a proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.

A 17 de maio de 1931, já bispo de Niterói, confirma a devoção de Nossa Senhora da Saudade, que surgiu em 1918 no Carmelo em Petrópolis, concedendo 50 dias de indulgências a quem rezasse a Coroa das Saudades da Rainha dos Mártires.

Ainda em maio de 1931, de 24 a 31 ocorreu a semana de oração e preparação para a cerimônia de proclamação de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil, que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, com a vinda de trem da imagem original de Nossa Senhora Aparecida, sendo a primeira vez que a imagem deixou Aparecida. A proclamação foi no Centro, na Esplanada do Castelo, com a presença aproximada de 1 milhão de pessoas. Esse número de pessoas é bem grande. Se pensarmos que a população do Brasil em 1933 era de pouco mais de 41 milhões de pessoas, esse número fica BEM MAIOR, já que representa quase 2,5% da população. Fazendo uma comparação com hoje, seria o equivalente a mais de 5 milhões de pessoas. Imagino o quão marcante foi esse dia aos que estavam presentes, inclusive para Dom José Pereira Alves.

Não encontrei nenhum documento registrando a real motivação pela qual Nossa Senhora Auxiliadora tornou-se copadroeira de nossa Arquidiocese, mas essa presença tão marcante de Maria na vida de Dom José Pereira Alves, somada à enorme devoção a Nossa Senhora Auxiliadora nos fieis de Niterói e adjacências, com certeza foram determinantes nessa decisão. Corre por fora o fato da data comemorativa ser dia 24, como a de São João Batista (em junho) e da véspera do nascimento de Jesus (em dezembro), mas isso já entra pro lado da coincidência, digo, providência.

Voltando para o dia 20 de agosto de 1933, foi uma festa enorme realizada na então Praça Pinto Lima, em frente à Catedral São João Batista. Para vocês terem uma ideia da grandiosidade desse ato, o Ministério da Marinha deu ordem para que uma esquadrilha de aviões fizesse evoluções sobre a praça durante a proclamação. Foi entoado um canto especialmente criado para essa proclamação cuja letra é a seguinte:

Nossa Senhora Auxiliadora

Força e amparo de um povo herói

Vem ser Rainha e protetora

desta diocese de Niteroi

 

Suas graças mãe de ternura

Que nos confortam e dão fervor

Recebe o afeto das criaturas

Virgem benigna, Mãe do Senhor

 

Aproveito para deixar com os músicos de nossa Arquidiocese o desafio de criar uma melodia para a letra acima.

Para a criação desse artigo foram feitas as seguintes pesquisas:

  • Historiadora Denise Taraciuk do Memorial Salesianos
  • Acervo jornal O FLUMINENSE disponível no site memoria.bn.br
  • CDM/Santuário Nacional
  • “Carmelo: Contemplando a Saudade de Deus em Maria: uma análise contextual da vivência religiosa das Carmelitas Descalças de Petrópolis”- Dissertação de Mestrado de Paula Mazzini
  • “Nossa Senhora Aparecida: A nova Padroeira do Brasil” – Dissertação de Mestrado de Julio César Minga Tonetti
  • Almanaque de Aparecida de 1931 – Centro de Documentação e Memória de Aparecida
  • Site www.carmelosaojosepetropolis.com

Nossa Igreja Particular da Arquidiocese de Niterói recebe muitas graças pela intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora e a construção da Nova Catedral São João Batista é um exemplo disso. Por diversas vezes, ao longo desses anos todos de projeto, nós que trabalhamos ativamente por essa obra de fé, já sentimos sua intercessão em momentos que mais precisamos. E temos a certeza de que será assim até à missa inaugural.

Nossa Senhora Auxiliadora, Copadroeira da Arquidiocese de Niterói, rogai por nós!

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